Pois sim, as lâmpadas incandescentes, as tradicionais lâmpadas com filamento de toda a vida, têm os dias contados. Depois da retirada do mercado há dois anos das de 100 vatios, agora chega o turno das de potência inferior.
As lâmpadas incandescentes de 60 vatios, que são precisamente umas das mais utilizadas em Espanha, começaram a ser retiradas do mercado da União Europeia apartir da quinta-feira 1 de setembro, em aplicação das normas comunitarias que obrigam a retirar do mercado esta tecnologia pouco eficiente no consumo de electricidade.
Aplica-se assim uma Diretiva da Comissão Europeia destinada a retirar do mercado de alto consumo e escassa eficiencia energetica e melhorar o etiquetado. Trata-se de um autentico apagão incandescente, que leva tempo programada pela UE. As lâmpadas de 100W expiraram em 2009 e as de 75 vatios em 2010. No calendario da UE já se dizia que em setembro de 2011 chegaria o turno de 60W. As de 40W e 25W chegará o seu fim em setembro de 2012.
Segundo a normativa da UE, apartir do 1 de setembro não será possivel fabricar nem distribuir de mais de 60 watios. Os comercios sim podem seguir a vender as existencias que tenha neste momento nos seus armazens.
O objetivo é substitui-las progresivamente por sistemas de iluminação de baixo consumo, que poupem energia, são mais duradouras e mais ecologicas.
O Executivo comunitario estima que a substituição de lâmpadas incandescentes por outros sistemas permitirá uma poupança anual de 40.000 milhões de kilovatios/hora apartir de 2020, o que equivale ao consumo electrico de 11 milhões de casas ou uns 15 milhões de toneladas de CO2.
Com medidas como a retirada das lâmpadas ineficientes, a UE aspira alcançar o objetivo proposto de reduzir o consumo de energia na comunidade europeia o 20% para o ano 2020.
O plano maestro da UE para a sustituição gradual das lâmpadas de baixo consumo
- Desde 01.09.2009 já não se comercializam lâmpadas de 100W
- Apartir de 01.09.2010 já não se comercializam lâmpadas de 75W
- Apartir de 01.09.2011 já não se comercializam lâmpadas de 60W
- Apartir de 01.09.2012 já não se comercializam lâmpadas de 25W
- Apartir de 01.09.2016 já não se comercializam lâmpadas halogêneas de classe C
Por outro lado, amostra-se uma gama de lâmpadas led que além de baixar o custo electrico das nossas casas, são substancialmente mais duradouras que as lâmpadas de filamentos e as halogêneas e nos proporcionam uma variadade de cores tambem muito grande:
Para o lugar de trabalho: Luz funcional para mais concentração e claridade, de branco frio (6500K) até luz dia (4000K).
Para a nossa casa: Iluminação mais agradavel para o interior das nossas casas, de 2000K até 3000K como luz quente.
Porque tanto ódio à lâmpada incandescente?
Para entender a que se deve a persecução da administração contra a lâmpada incandescente, um utensilio que iluminou o mundo desde que Edison deu forma a finais do século XIX, há que ter em conta que a tecnologia incandescente é muito pouco eficiente. Entre o 90% e o 95% da electricidade que utiliza-se dissipa em forma de calor – o que faz que a lâmpada queime ao tocar – e só uma minima fração do 5% ao 10% transforma-se convenientemente em luz.
Há diversas tecnologias que permitem iluminar com um custo energetico varias vezes menor. Os diodos emisores de luz – ou lâmpadas LED – , e as lâmpadas florescentes compactas – muito conhecidas como lâmpadas de baixo consumo e como CFL em inglês internacional – , estão entre as mais utilizadas atualmente. Segundo o fabricante Philips, as luzes LED e as de baixo consumo gastam até um 90% menos que as tecnologia anterior.
Outra das vantagens que dão estas tecnologias é a duração; as lâmpadas LED têm uma vida util de até 25.000 horas e as de baixo consumo de entre 7.000 e 12.000 horas. Isto implica multiplicar por 25 e por 7-12 respetivamente a durabilidade frente às incandescentes, às que se estima uma vida util de 1.000 horas.
Não obstante, os usuarios encontram defeitos em ambas. O primeiro o do preço, que é superior ao das lâmpadas incandescentes, mesmo com o tempo recupera-se teoricamente o investimento devido ao menor consumo. Os usuarios tambem criticam que demoram mais em alcançar o brilho adequado e que a tonalidade de luz não é igual à das velhas lâmpadas.
Há que ter em conta, além disso, que desde o ponto de vista ambiental as novas tecnologias tambem têm problemas. As lâmpadas de baixo consumo levam no interior um gas de mercurio que obriga a tirá-las como um residuo perigoso em contentores especiais e tomar precauções para ventilar a casa em caso de ruptura acidental.
Em Espanha existe uma entidade chamada Ambilamp na que participam as principais empresas de iluminação e que tem como objetivo gestionar o sistema de recolha e tratamento de residuos de lâmpadas. No seu site oferecem um mapa interativo dos pontos de recolha onde o cidadão pode depositar um florescente usado.